domingo, setembro 30, 2007

9 meses

E eu olho-te com tantas e tão poucas palavras para te descrever e para descrever este amor.

Estás literalmente enorme!
(peso no percentil 50 e comprimento quase no percentil 90, a registar para a posteridade)

Mas mais do que grande, estás crescida.
Já gatinhas com perfeição e velocidade, o que te permite satisfazer o desejo perseguir os gatos cá de casa e respectivos rabos.
Tentas-te põr de pé agarrada a tudo o que encontras, mas esta habilidade ainda está em aperfeiçoamento.
A mãezite aguda instala-se mais firmemente e amplia raio de acção. É para dormir, é para comer, é para pôr a chucha a meio da noite, é para te tirar do chão mesmo quando alguém lá está a brincar contigo... Também por isso, dizes mãmã cada vez mais vezes, sempre com aquele tom de voz número 33 e os olhinhos suplicantes. (Sabe-la toda, é o que é!) Tentamos dar a volta à situação, dividindo o mais possivel as tuas tarefas com o pai, mas às vezes não dá (o berreiro desesperado assim obriga.)

O dentinhos de baixo dão-te um ar ainda mais castiço e os de cima (ainda por romper) umas dores valentes, a imaginar pelo aspecto das gengivas.
Danças e bates palminhas, quando te pedimos, quando ouves musica que te agrade ou até por veres ou ouvires aplausos na televisão.


Este Amor... Ah, este Amor é maior que eu.

sexta-feira, setembro 28, 2007

Fomos

e já voltamos.
Umas mini-férias, em terras de familia, com um casamento pelo meio.
Partimos um dia mais tarde que o previsto: uma gastroenterite da Inês a tal "obrigou".
Directos a casa da minha Avó, matei saudades nos abraços e sorrisos de quem nos anseava à meses de mais. Vi-lhes o amor nos olhos sempre que sorriam para a Inês, mas vi também a doença naquele tio gigante que hoje não parece mais que um menino assustado. Sabia-o assim, mas vê-lo e ouvi-lo da própria boca, ele que nunca foi de grandes palavras, partiu-me o coração e doeu-me fundo na alma. (e lembrei-me de novo delas)


O casamento era d'A amiga de sempre. Estava linda, de sorriso feliz e eu, com a Inês ao colo, emocionada até aos ossos, enquanto deixava passar na cabeça imagens do que foi crescermos juntas, mesmo quando ficámos longe.


Depois seguimos para cima, o cantinho do país onde estão os avós paternos. A Inês conheceu (finalmente...!) o tio J. e a tia E.
2 dias passados e começamos a descer novamente o país. Depois de 3 paragens (Vila Real, Ermesinde e Porto) para ver amigos, chegámos à cidade que sinto como minha e onde me sinto mais eu. É a luz, o cheiro, os sons, a ria. Passeámos como mais gosto, a pé, de manhã cedo, pelas ruas, sob o sol. Comprámos os inevitáveis ovos moles e sorri com amigos. Na cabeça flutuavam ideias perdidas, misto de saudades boas e desejos de voltar um dia.


E seguimos viagem. Regressámos a casa. E soube bem chegar, mais cansados do que partimos. Cheios de nós e com um bocadinho de todos os que visitámos.

sexta-feira, setembro 14, 2007

E estava mesmo!

Por um fio!
O dia oficial do início da mobilidade é hoje: a Inês começou a gatinhar!!

A velocidade ainda é pouca e sempre que está a chegar perto do objecto que quer atira-se ao chão e estica-se para o agarrar.
Mas gatinha!

e acabou-se o sossego...

quinta-feira, setembro 13, 2007

Novidades

E a primeira palavra foi....

Mãmã!

(Conta a dita, inchada que nem um perú!!)

Disse a primeira vez, num acordar inesperado nocturno, choramingava baixinho, levantei-me em piloto automático até ao quarto dela e ao debruçar-me sobre a cama para lhe pegar ao colo, ouço "a mãmã" num tom choroso do mais mimalho que existe.
Ah! Filha linda! Qual sono qual carapuça! A mãe levanta-se as vezes que for preciso se prometeres falares-me sempre nesse tom de voz. Combinado?

Aprendeu esta semana a bater palminhas, a dizer adeus (quando quer, claro) e a cuspir a comida com uma cara girissima (esta parte não lhe dizemos) quando não lhe agrada. Já se tenta levantar agarrada tudo e saber gatinhar está por um fio.
Há coisas fantásticas, não há?!

segunda-feira, setembro 03, 2007

Coração de mãe

Decidimos tentar.
Por nós, todos. Ainda que no fundo, soubessemos que ela era quem mais "perdia".
"Vai ser bom. Fica mais perto de nós.
Nós ficamos mais desafogados. E também com mais tempo."
Mas comecei a dormir mal. A sonhar, com a mudança. Com pormenores, que para mim não o são só. Tentava racionalizar, em silêncio para mim, em voz alta para ele e às vezes para ela.
Mas.
Por isso quis voltar lá, desta vez com ela. Para tentar tirar dúvidas,ver a reacção dela e acima de tudo das pessoas com ela. Quis vê-la lá, comigo.
Vim com mais Mas.
Não gosto de Mas. Não destes, que não são óbvios, mas têm a força de vir de dentro.
Tentei mas não consegui. Estava a ir contra mim. Contra tudo o que sentia. Não a via lá bem, não senti o carinho nas pessoas, não gostei de isto e daquilo.
Como podia ir fazer-lhe isso a ela? E a mim?
Sentia-me a traí-la, sabia que não ia ser bom e ia pensava em fazê-lo na mesma, "só" porque o esforço é grande em muitos sentidos. Porque é difícil.
Mas perante a alternativa, o dificil agora parece-me fácil.
E se o meu coração de mãe se aperta assim, não é desta que vou contra ele. Não estou habituada a que me engane.

Devia começar amanhã no infantário novo.
Mas não.
Regressou hoje ao de sempre.
E foram tantos os sorrisos, os mimos, as alegrias.
E eu vim de coração cheio e um sorriso na alma.
E esta noite já não tive sonhos maus.
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