A Inês nasceu no pico do Inverno e apesar de ser uma bebé calma, quando ficava com sono, virava um diabinho. Chorava ao nosso colo, até não poder mais e sucumbir ao sono e ao cansaço. Esta combinação fez com que a embrulhássemos frequentemente numa manta enquanto a embalávamos, acabando depois por ser deitada assim embrulhada na cama para não acordar.
Aconteceu sem propósito, mas fomos lendo entretanto, que é uma das formas mais antigas de acalmar bebés chorões. Embrulha-los devolve-lhes o aconchego, o conforto do útero da mãe.
Aos dois meses, quando descobrimos a chucha maravilha, que a fez deixar de chorar para dormir, percebemos também que a pirralha se tinha habituado de tal maneira a dormir embrulhadinha que não sabia o que fazer com os braços na hora de dormir, quando não estava embrulhada. Agitava-os descontroladamente e chorava aflita. Bastava embrulha-la novamente, para ela, quase instantaneamente, como por magia, sossegar.
Quando agora aos 4 meses e pouco a Inês adoeceu pela primeira vez, com febre bastante alta, fomos confrontados com a dificuldade que é, a meio da noite, ter de arrefecer um bebé a escaldar. Ora, cheia de sono, chorosa com a febre e desembrulhada, não foi tarefa nada fácil sossegar a Inês. Acabámos muitas vezes por ter de a deitar na nossa cama, só de body e a segurar-lhe as mãozinhas junto ao peito, tentando simular o “embrulho” e quando a febre começava a baixar, voltar a embrulha-la novamente, semi-nua.
Foi dose e nesta altura, comecei a maldizer a dita técnica.
Entretanto o calor começou a apertar e o problema começou a pôr-se também na creche, para dormir as sestas. Sem a embrulhar não dormia, embrulhada suava litros.
Lemos técnicas para os desabituar aos poucos de serem embrulhados, primeiro um braço de cada vez, etc. Mas não funcionava com a Inês.
Por isso, decidi acabar de repente com o embrulhanço. Aproveitei um fim de dia cheia de sono, depois de muita galhofa na cresce e toca de a deitar assim, solta. Vira para um lado, vira para o outro, resmunga um bocadinho, puxa a chucha, aperta a fralda contra o corpo, choraminga, a mãe aconchega et voilá, ao fim de 5 min, virou-se para o lado e dormiu.
A partir desse dia, acabou-se o embrulhanço lá em casa!.
Agora nunca sei como a vou encontrar na cama, porque passou a dormir nas posições mais estranhas, quase sempre toda atravessada na cama, braços tipo Cristo na cruz ou então aninhada tipo bolinha. O balanço é muito positivo e se fosse necessário, voltava a usar a técnica com outro filho, mas agora com a consciência de que mais tarde, é outra coisa de que temos de os “desmamar”.
3 comentários:
eheheh
A Mi tb desde que se vira, que acorda em posições estranhas.
Que grande ela está!
Conhecia essa técnica através da Baby Whisperer. Realmente deve ter sido difícil desabituar a Inês, tal como se fosse uma chucha ou um peluche.
Mas foi bom terem feito agora, pois quanto mais tarde, pior.
E em relação às posições estranhas, com a Flor acontece o mesmo. Tanto está toda encostada às grades, como está com a cabeça para os pés.lol
beijocas
:-)
Olá
Vim aqui ter assim por mero acaso pk tb tenho um mundo azul, eheheh coincidencias :-)
Já tinha ouvido falar na técnica mas por acaso nunca a tinha experimentado com os meus filhotes...ainda bem que mesmo assim a "desmamaste" a bem...
Bjs
Patrícia&ninos
Enviar um comentário